segunda-feira, 13 de março de 2006

Ave Grande Líder

Já houve um presidente que no auge da sua glória gostava de andar de jet-ski, voar em caças da aeronáutica e praticar Cooper vestindo camisetas com slogans. Mas isso era em outro tempo. Hoje o nosso grande líder gosta mesmo é de bater pênaltis em pleno estádio do maracanã, vazio. Um na trave e dois deslocando um grande goleiro, o governador do Estado do Rio de Janeiro. Legal né? Dias depois o cara, quando da visita do presidente dos Estados Unidos, ninguém entendeu muito bem sua intenção, falou de que eles poderiam chegar ao ponto G, se conseguissem um bom entendimento. Estava eufórico com a assinatura de um memorando sobre a produção de etanol (álcool produzido a partir da cana de açúcar). O elemento dos EUA falava de segurança nacional do país deles e o nosso povinho começou a desconfiar que vai acabar subindo o preço da cachaça (outro derivado da cana de açúcar). Só dá para entender o acontecido se, durante o almoço, neguinho andou tomando um gole da dita cuja.
Enquanto a turma está morrendo de balas perdidas, matanças realizadas por gangues e milícias, ações policiais e outras coisas bárbaras e irracionais, o projeto de salvação nacional é fazer do Brasil um grande canavial. É a tal da salvação da lavoura.
O cara está se achando o rei da cocada e não tem pressa pra nada. O seu governo é ótimo, afinal o povo, o juiz supremo aprova tudo, então para que pressa? Precisam dizer pro cara que o ano tem doze meses e já se passaram dois meses e meio e a administração federal continua aguardando suas definições.
Mas gente, não se preocupe que o Papa vem aí, e o grande líder vai dizer a ele que defendeu o uso da camisinha, mas seguindo método de controle pelo calendário de dias não férteis, afinal deve-se dizer o que os outros querem ouvir, não é?

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